domingo, 11 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
Tempo de escolher...
Quando chega a hora de olhar e ver,
realmente ver,
quando chega o momento
de querer sentir,
sentir e ter...
a verdade que nos rodeia.
quando deixamos de queimar o tempo
como se mais um cigarro se tratasse!
quando deixamos de vender as nossas rugas
por percebermos que a mais valiosa das riquezas é o tempo.
quando chegamos a esse cruzamento, a essa encruzilhada,
quando aí paramos para reflectir...
qual caminho a seguir...
quando olhamos por cima do ombro e vemos o passado,
e olhamos adiante e não vemos nada.
não há futuro.
o futuro... é o passo no escuro
que o corpo dá
e a mente ousa.
nesse preciso e precioso momento,
tão idêntico ao último, o da morte,
o que devemos deveras fazer?
seguir caminhando?
lutar, lutando contra o medo
contra a dor,
jurar, jurando fidelidade ao criador?
nesse momento em que as dúvidas
são as certezas que nos invadem,
nesse momento em que questões
são as respostas que nos cabem...
onde o nervo
transfigura a nitidez.
onde o sóbrio...
dá lugar à estupidez...
e nós ardemos no lume infernal!
velho arqueiro
criado do diabo
que viestes para me cuspir,
nas profundezas do inferno.
grita os gemidos de dor
que teu senhor
te ensinou para me ensinares!
rejeito, por favor,
e por mais que tentares...
não me levarás a ver...
o lado de lá... desses mares...
e quando o momento é estar nesse cruzamento
onde da alegria ao lamento...
vai a escolha.
nobre doce, anjo dos céus...
que levaste os velhos que eram meus
e agora me procuras para um sinal!
diz-me afinal:
Por onde devo seguir?
e Tu anjo, aconselhas-me unicamente
a fugir!
a fugir, fugindo de mim.
e o momento regressa na dúvida de quem sou!
e no momento certo!
recuso o que escuto,
e como se envolvido em poder absoluto
grito:
Se o tempo nao tenho de volta,
então que minha alma viva livre,
LIVRE E SOLTA
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